Manifesto

Compartilho aqui informações relevantes. Verdadeira inspiração, para fomentar o mês da bicicleta.

Na rede estabelecida pelo “Arte bicicleta e mobilidade”, estão soluções que não necessitam de uma estrutura absoluta e monetária para provocar mudanças de comportamento que tornem a vida mais proveitosa, à melhorar as saúdes: física, mental e intelectual. Portanto a internet atende as espectativas de distribuir como uma cascata mais esse manifesto.

Um artigo recente da Universidade de Oxford, nos Estados Unidos, sobre obesidade e mudança de comportamento, defende a idéia de que um pessoa com identidade potencial que parte de vínculos sociais, reconhece e define autonomia e individualidade, limitações no espaço onde vive e ainda influencia comportamentos individuais alheios.

Através da rede em prol da mobilidade, com pretensão de ser potencialmente eficaz, este manifesto reforça o contexto do mês da bicicleta. Esta intervenção direta, dinamiza o ambiente caótico e aleatório de maneira sustentável, incorporando valores subjetivos a promoção de bons hábitos, listando uma série de características individuais e ambientais relacionadas ao uso e benefícios a saúde da bicicleta na cidade;

Educação e saúde, são problemas de todas as pessoas, se estendem ao contexto ecológico e sua ambientação, influenciados por padrões individuais, das redes sociais e do ambiente.

Tais padrões individuais e ambientais, interagem no estilo de vida adotado por cada um, contribuindo para a formação do argumento cosmopolita, onde o tempo passa a ter uma importância maior do que realmente exerce. Essa super valorização gera um constrangimento medíocre que leva ao consumo insaciável, menosprezando ou ridicularizando comportamentos construtivos que alimentam uma auto imagem positiva que completariam com intervenções físicas para uma melhora de saúde.

Melhorar a qualidade da saúde pública uma cidade como Curitiba, pode estar diretamente relacionado ao hábito do pedalar, um salto de qualidade. No raciocínio que os meios de transporte são máquinas do tempo, já que a aceleração do tempo é inerente ao funcionamento do capitalismo, pois modifica a relação espacial e de tempo ser/estar do humano, a bicicleta é um modal bem próximo ao ser/estar do ser humano solo, pois demanda aplicação da tração humana para mover-se.

Lista-se então benefícios diretas do hábito de utilizar a bicicleta como meio de transporte, gerando melhora da saúde, educação, apropriação de um recurso humano em prol do controle e estabelecimento de limite aos recursos naturais e contexto de cada cidadão:

Redução de automóveis nas vias públicas, liberando espaço físico e diminuindo a poluição sonora e visual;
Redução de emissões poluentes;
Redução do uso desnecessário do solo e do espaço público, como em estacionamentos e áreas de manobra para automóveis;
Redução da produção de lixo, considerando que a vida útil de uma bicicleta é muito maior que a de um automóvel;
Baixo custo de manutenção da bicicleta comparado ao automóvel;
Redução do consumo de energia: são 1100kcal de um automóvel médio contra 22kcal do ciclista. (aqui vale lembrar que 10 minutos de pedalada geram 1 hora de energia para acender uma lâmpada residencial de 60W);
Redução da dependência de combustíveis fósseis;
Redução do peso aplicado nas vias de tráfego, minimizando os gastos na manutenção;
Eficiência de mobilidade, lembrando o ciclista encontra outros meios de prosseguir mesmo diante de um congestionamento ou interrupção do tráfego;
Aumento de prática física, desenvolvendo agilidade;
Aumento da vitalidade, capacidade respiratória e benefícios cardiovasculares;
Ajuda a desenvolver outros sentidos além da visão;
Ajuda a eliminar toxinas através do suor;
Ao liberar endorfinas, o nível de colesterol diminui regularizando os níveis de açúcar no sangue;
Proporciona equilíbrio;
Ser um meio de transporte e de lazer ao mesmo tempo;
Pedalar é muito prazeroso e exige um quinto do esforço de ir a pé (pedalando consumimos 22kcal/km) produzindo ainda a serotonina, hormônio responsável pela felicidade (Quem vai de bicicleta vai mais feliz!) ;
Aproxima da natureza;
Reposiciona o ser humano no espaço ao ar livre;
Dá acesso a lugares onde automóveis não chegam;
Passa-se a conhecer melhor a própria cidade;
A bicicleta fornece liberdade de locomoção.

Rosângela Araújo1*
1 Mestranda de Artes ‘Design Integrado’ pela Koln International School of Design-KISD, em Colônia, Alemanha. Ouvinte do Programa de Pós Graduação-PPG da Universidade Federal do Paraná UFPR - Design Sustentável com Prof. Aguinaldo dos Santos do Núcleo de Design & Sustentabilidade-NDS em Curitiba, Brasil. Vice Presidente do Instituto Diamante Verde, ONG sócio ambiental, atuante no semiárido brasileiro. Designer do coletivo criativo Tertúlia Produções Culturais.

E-Mail: ninaaraujo@gmail.com

Referências Bibliográficas:
Abciclovias. Disponível em: http://www.abciclovias.com.br/content/view/36/54/ - 31 de julho de 2008 - Acesso em 8 de setembro de 2010.
Transporte Ativo. Disponível em: http://blog.transporteativo.org.br/ - 07 de setembro de 2010 - Acesso em 8 de setembro de 2010.
Benefícios da Bicicleta. Disponível em: http://www.bicyclebenefits.org/ - Acesso em 8 de setembro de 2010.
Benefícios de pedalar bicicleta pelo Dr. Erich Rosenberger. Disponível em: http://www.helium.com/items/535870-benefits-of-bicycle-riding - Acesso em 8 de setembro de 2010.
Benefícios de andar de bicicleta por Martha Rogers. Disponível em:http://www.helium.com/items/1692874-benefits-of-bicycling - Acesso em 8 de setembro de 2010.
Obesidade, Identidade e Comunidade. “Obesity, Identity and Community: Leveraging Social Networks for Behavior Change in Public Health por Norah Mulvaney-Day e Catherine A. Womack. Disponível em: http://www.phe.oxfordjournals.org Acesso em: 1 de setembro de 2010
Capitalismo versus Sustentabilidade. O desafio de uma nova ética ambiental. Mauro Martini de Melo. Florianópolis: ED. da UFSC, 2006.

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