Fritjof Capra conecta no CICI2011



Confira aqui a palestra Redes como Padrão Unificador da Vida (Networks as the Unify Pattern of Life) de Fritjof Capra: http://minilink.in/wutoku (apenas em inglês-english only)

O físico austríaco já é conhecido no Brasil, inclusive por seus livros o Tao da Física - The Tao of Physics (1975) e Ponto de Mutação - The Turning Point (1982) que virou filme (dirigido por seu irmão Bernt Capra).

Em sua apresentação, melhorar a definição de sustentabilidade foi o ponto de partida.
O que sustentabilidade realmente significa não tem a ver com crescimento econômico ou vantagens competitivas, tem a ver com como a natureza sustenta a vida.
Informou que um novo entendimento de vida surgiu cerca de 30 anos atrás. O mundo material é uma rede inseparável de relações. O planeta como um todo é um sistema e para isso existe o pensamento sistêmico e que evolução não é uma competição de sobrevivência mas uma possibilidade de cooperação.

No centro disso existem várias metáforas. Uma máquina que é um sistema. Reconhecimento de que sistema é o padrão básico da vida e na base da vida existem redes. Rede funcional e padrão de relações entre vários processos de vida. Reações químicas entre as moléculas que são auto generadas.

Bom isso gera múltiplo retorno de informações. Um sistema de compartilhamento de crenças e valores, também conhecida como cultura! E essa cultura é continuamente mantida por comunicação. "A cultura sao as lentes em que vemos o mundo" ia Capra afirmando. Comunidade é outra palavra usada para reconhecer uma rede social, gerando fronteiras.

Mais adiante falou que na ciência sempre aprendemos que coisas devem ser quantificadas para serem científicas. Mas relações não podem ser quantificadas! Podemos então caminhar para a próxima casa desse tabuleiro. De medida para mapeamento e de quantidade para qualidade. E atenção a máxima: O todo é maior que a soma das partes.

Ao tema design, que muito me atrai, Capra afirmou que designers terão papel fundamental para ajudar o desenvolvimento da vida nas comunidades. É o que chamou de design para democracia ecológica. Quando entendermos os processos e padrões das relações, também entenderemos como a recente humanidade ignorou esses padrões e interferiu neles. E essas interferências são as fontes de nossos problemas atuais. O maior problema de nosso tempo não pode ser entendido isoladamente. Estão todos interconectados e interdependentes.

O trabalho das próximas décadas se concentra em espalhar a notícia. Ensinar crianças, jovens, politicos e empresários da habilidade de entender os princípios básicos do meio ambiente.

Comentários

- Autópsia - disse…
nina querida, a regina mal sabe o que perdeu, pude compartilhar desse espírito de guerrilha solidária que existiu entre as melhores cabeças desse congresso intl. com a sua ajuda. Esse dia foi muito corrido, mas peguei o carro e consegui ouví-lo, a partir do momento que ele repetia muito "Ecological Literacy" http://en.wikipedia.org/wiki/Ecological_literacy e perdi algumas conexões que seu texto resgatou. Valeu neguinha!!
- Autópsia - disse…
ah! tô lembrando de uma resposta dele ao "quê mais lhe fascinava ultimamente" ao falar sobre a macrobiótica. Falou do sistema que as bactérias têm de sobreviver num ambiente de baixo nutrientes e oxigênio. falou que elas criam tentáculos/ cílios para se conectarem e respirarem coletivamente, como se dessem as mãos numa forma inteligente de sobrevivência. achei lindo! bjs

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